Assalto à Mão Armada No coração da cidade, a luz se apaga, A pressa do mundo em um grito ressoa, Jovens errantes, em busca da entrega, Do fácil, do rápido, da vida que pensam ser boa. Uma arma na mão, o temor disfarçado, Quem sabe o destino, por que atentar? De um estranho, um risco, um sonho apagado, A vida é um jogo, e eles querem apostar. Nas sombras da noite, as consciências entretanto, gritam, O que leva um homem a não temer, a ameaçar, ou vidas apagar? Numa sociedade que as feridas evitam, Milhares se perdem por não se importar. Colarinhos brancos, em tramas sutis, Ladrões da esperança de quem luta e labuta, Com promessas vãs, atiram os dardos, Aos que com trabalho sonham mudar a luta. Mas, ah! Se ao menos na escuridão fria, Os céus se abrissem, e as almas vissem, Que quem fere o próximo na má covardia, Entre sombras profundas, à luz não se guiam. O travesseiro aguarda, anseios em infusão, É peso de culpa que faz o coração pesado, Mas em cada batida, em cada clamor, Pode na mudança florescer a paz de um sonho amado. Pois a vida é um ciclo, e o mal também ensina, A lição de que nada se leva, quando se tira do outro, de si próprio rouba a vida. A verdadeira riqueza não é só a rotina, É saúde, é amor, é a fé que balança. Deus na sua essência, proteção amorosa, Para aqueles que creem, que seguem no bem, Ao sair de casa, com a alma curiosa, Acreditam que o Pai ao lado sempre vem. Então, ao invés do temido assalto, sua fé pode ser escudo no vale da morte. Que a bondade brote como flor da primavera, Com amor no peito, ao mundo exalto, Em cada gesto próprio freia a dor e a maldade que impera. Finalmente, a luz emerge na escuridão, Transformando o pânico em esperança e ação, Pois quem tem fé, na vida, encontra o tom, Começa a mudança da corrupção em si próprio E assim a promessa divina se cumpre em um caminho de paz, amor e proteção. E proteção...