Lira (ZéVitor/Aureo Gandur/Fred Sommer) Quando a noite cai Cai também um homem bom Que não tem mais paz Nem mais voz ou sonho algum Só restou na vida A lira, a lira, a lira Vez ou outra atrai O que não quer Quando a noite cai Nessa rua sem luar Sai o nosso amor Sem dizer se vai voltar Sem se despedir Sem querer, despedaçar Quem vai decidir Quem vai decidir Quem vai decidir “Ah, se remédio vencido aliviasse antigas dores… Mas o baú de quem sonha alto despenca do nada nas costas de quem um dia acreditou. Perigo é buscar no fundo falso da memória e não encontrar sonho algum ou nele não se reconhecer. É como levar a bagagem errada, de alguém fora de moda, cheio de sonhos que já não se usa, de alguém que já não existe. Pode ser pesado de tão oco. A gente só segue adiante quando leva um bom motivo, mesmo que seja uma cruz. Pra dor que não tem nome, qualquer remédio é placebo.” Só restou na vida Essa rua sem luar Quem vai decidir E dizer se vai voltar Sem se despedir Sem a voz ou sonho algum Cai um homem bom Vez ou outra atrai O que não quer