Quando criança, eu só queria ser gigante, Para enfrentar os batalhões e elefantes. Era difícil, e os sonhos pareciam tão distantes Para o mundo onde o menino era irrelevante. Da minha janela, já não vejo o meu quintal, Um pé de manga e as roupas no varal. Meu avô gritando: “Joãozinho, vai correr pelo ramal.” Meu mundo, onde ninguém se preocupava se era legal. Mas são só memórias, lembranças de um passado que se foi, Sabendo que o “para sempre” nunca foi das pessoas, Mas sim sobre as memórias construídas por nós dois.