Eu cresci nas ruas, onde o sol não brilha,
Caminho na quebrada, mas nunca vacila,
Na mente um fogo, que não apaga, não briga,
A cada passo que dou, a rua me ensina.
O corre é pesado, é duro e sem perdão,
Mas o rap é minha arma, é minha proteção,
Lutei com as palavras, pra sair da prisão,
E aprendi que a liberdade é só questão de visão.
A vida me moldou, não deixei a dor me curvar,
Levantei a cabeça, fiz a vida virar,
Não tem mais volta, não tem como parar,
Na favela é luta, é sobre persistir, não sobre afobar.
Aqui é só quem aguenta o tranco, não tem regalia,
Na favela, a vida é crua, mas a gente brilha,
Vem, se liga, essa é a nossa caminhada,
No corre da vida, só quem é real não se perde na estrada.
O jogo é sujo, mas sigo jogando limpo,
Com o microfone na mão, eu sigo no ritmo,
Cada verso é uma batalha, cada rima é um grito,
E eu sei que só quem vive, entende o conflito.
Olha o gueto, o povo é forte, tem garra,
Resistência na alma, o que a rua encarrega,
A tristeza é pesada, mas o sonho é uma carga,
Eu sigo sem medo, porque a luz não apaga.
Fui criança na rua, vi muito irmão cair,
Mas o que a rua ensina é sobreviver, persistir,
E se o sistema tentar nos calar, vai falir,
Porque a nossa voz é potente, não pode sumir.
Aqui é só quem aguenta o tranco, não tem regalia,
Na favela, a vida é crua, mas a gente brilha,
Vem, se liga, essa é a nossa caminhada,
No corre da vida, só quem é real não se perde na estrada.
Tô na linha de frente, não paro, não me vejo atrás,
Cada passo é um salto, a vida é minha paz,
E no meu peito carrego, a força do que sou,
Não é fácil, mas sigo firme, é o jogo que escolhi, então eu vou.
Aqui é só quem aguenta o tranco, não tem regalia,
Na favela, a vida é crua, mas a gente brilha,
Vem, se liga, essa é a nossa caminhada,
No corre da vida, só quem é real não se perde na estrada.