[Verso 1
As ruas me chamam de ninguém
Mas sou reflexo das suas esquinas
A poeira dos dias me veste, amém
E sigo inteiro na contramão da vida
[Verso 2
Nos becos escuros, sou faísca
Grito mudo na multidão dispersa
A vida é o risco que a gente arrisca
Sou sombra que nunca se dispersa
[Refrão
Sou poeira da cidade
Ecoando no coração
Ninguém me define em realidade
Mas sei que sou exceção
[Verso 3
Nos semáforos da existência
Caminho sem mapa ou direção
Se o futuro exige resistência
Sou pura combustão e ação
[Ponte
Mesmo que ninguém me perceba
Sou a voz que nunca se cala
Minha alma é passaporte, não se nega
Para onde a vida fala
[Refrão
Sou poeira da cidade
Ecoando no coração
Ninguém me define em realidade
Mas sei que sou exceção